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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Nesse momento mil coisas engasgam na minha garganta, e eu não sei o que dizer, não sei o que pensar, nem como agir, sinto-me sem alternativa, já estive aqui antes, outras mil vezes, sempre fui a garota do coração partido, mas dessa vez é diferente. Por mais que a gente brigasse eu sabia que você estaria lá no fim do dia, e hoje você não está, por mais que a gente  xingasse e chorasse, sabíamos que teríamos um ao outro para resolver um problema, mas agora não. Eu estou só, e por mais que você volte, mesmo sem nunca ter ido, eu ainda estarei só. Sei que provavelmente você leia isso, daqui a umas semanas, ou até meses, mas não quero que sinta pena, eu sempre fui melhor só, mas eu não sei o que está acontecendo. Nunca quis que alguém dependesse de mim, esse papel era meu, de chorar, de fazer drama, de falar que minha vida não teria graça, e eu só sei fazer isso, não sei estar do outro lado do jogo, você roubou o meu papel, e meu sorriso, e tudo que veio dentro de mim desde aquele dia da praça, aquela menina risonha, desaforada, independente, e segura de si, ela não existe, não mais, nunca mais. Sabe os patinhos? Eles fugiram, um, dois, três, se foram todos, um por um, e eu continuo só, só querendo voltar no tempo.